quarta-feira, 29 de maio de 2013

Nova CRF250L

 Apresentada no Salão de Tóquio, em dezembro de 2011, a CRF 250L, de utilização mista, asfalto e terra, desembarca oficialmente no Brasil este mês, cerca de um ano e meio depois de seu lançamento, importada da Tailândia. Na verdade, está atrasada em mais de cinco anos, desde quando a Tornado 250 subiu no telhado e saiu de linha, por causa das severas normas ambientais, sem deixar substituta direta. Com a CRF 250L, a marca retorna ao segmento dos modelos de dupla utilização, na tradicional categoria 250cm3 de cilindrada, incorporando tecnologia, como injeção eletrônica de combustível, refrigeração líquida, suspensão dianteira invertida e freios a disco nas duas rodas.
 
A letra L de sua identificação vem de leisure (lazer, em português). Porém, a linha CRF tem características opostas, com a esportividade impressa em sua identidade. Dessa forma, a utilização do novo modelo fica entre a dureza do fora de estrada e a pacata vida no dia a dia do asfalto. No visual, assume sua porção CRF, pegando carona na imagem esportiva, com aparência agressiva e formas que lembram as “primas” nervosas. O motor tem um cilindro, 249cm3 de cilindrada, quatro válvulas acionadas por balancins roletados, 23cv a 8.500rpm e torque de 2,2kgfm a 7.000rpm.

Andando 
As características de uma moto fora de estrada, com bom ângulo do guidão e altura superior à dos retrovisores dos automóveis, permite circular entre os engarrafamentos com rapidez. Porém, a altura do banco, a 875 milímetros do chão, uma exigência para andar na terra, dificulta o embarque e desembarque do uso urbano. Na terra, o jogo muda. O banco mais plano e estreito dá boa movimentação, inclusive próximo ao tanque fora de estrada. O que incomoda é o peso: 139kg a seco, que exigem uma radical lipoaspiração para utilização mais esportiva.

O volumoso escape, equipado com catalisador, é um dos elementos que contribuem para a obesidade, apesar das rodas e balança da suspensão traseira de alumínio. Entretanto, a pilotagem é fácil e prazerosa e permite a realização de manobras inerentes ao fora de estrada com naturalidade. A roda dianteira com aro de 21 polegadas de diâmetro contribui para a transposição dos buracos e crateras longe do asfalto, mas os pneus são de utilização mista. Para uso exclusivo na terra, devem ser substituídos pelos do tipo com cravos, assim como o peso aliviado, retirando os itens supérfluos, como espelhos retrovisores, setas etc.

O propulsor é o mesmo que equipa a pequena esportiva CBR 250R, igualmente importada oficialmente da Tailândia. A suspensão dianteira é destaque. Do tipo invertida, como nas “primas” de competição, tem tubos de 43 milímetros de diâmetro e 250 milímetros de curso. A suspensão traseira é do tipo mono com 240 milímetros de curso. O painel é totalmente digital, o câmbio tem seis marchas e o tanque comporta 7,7 litros. O preço de R$ 18.490 (inflado pelas novas taxações de importação) merecia uma lipoaspiração.

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